quinta-feira, 30 de abril de 2015

Oficina de Produção da GP - Equipe Ikpeng


OFICINA DE PRODUÇÃO DA GRAMÁTICA PEDAGÓGICA IKPENG

Está acontecendo desde o dia 27 de abril, a oficina de produção de novas unidades da Gramática Pedagógica Ikpeng, a oficina acontecerá até o dia 4 de maio. 





Os cinco pesquisadores indígenas e as coordenadoras da equipe estão na reta final do trabalho produzindo as últimas unidades que faltam para a GP Ikpeng ficar prontíssima.




Além do desenvolvimento da teoria e dos exercícios, três pesquisadores indígenas estão responsáveis pela ilustrações tanto das explicações quanto dos exercícios de fixação do conteúdo. 



Claro que ainda há muito trabalho pela frente, mas todos da equipe estão empenhados para fazer o melhor trabalho possível.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

ProDoclin e seus mini sites


     Desde 2009, o Projeto de Documentação de Línguas Indígenas-ProDoclin , do Museu do Índio, realizou o registro de 13 línguas: Apiaká, Desano, Ikpeng, Kanoé, Karajá, Kawaiwete/Kaiabi, Kisedje, Maxakali, Ninam, Paresi-Haliti, Rikbaktsa, Shawãdawa e Yawanawa. Destas línguas, quatro foram incluídas no subprojeto das Gramáticas Pedagógicas.


    Cada língua tem um mini-site, preparado pelas equipes da gestão do ProDoclin e pelas equipes responsáveis pela documentação de cada língua, com seus pesquisadores indígenas e não-indígenas. Os mini-sites contêm perfis gramaticais, vocabulários, relatórios, fotos, vídeos e vários outros documentos. 

Confiram nos links abaixo:

Apiaká - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/apiaka
Desano - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/desano
Ikpeng - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/ikpeng
Kanoé - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/kanoe
Karajá - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/karaja
Kawaiwete/Kaiabi - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/kaiabi-kawaiwete
Kĩsêdjê - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/kisedje
Maxakali - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/maxakali
Ninam - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/ninam
Paresi-Haliti - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/haliti-paresi
Rikbatsa - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/rikbaktsa
Shanãdawa - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/shawadawa
Yawanawa - http://prodoclin.museudoindio.gov.br/index.php/etnias/yawanawa

Acessem também o site oficial do Museu do Indio e fiquem por dentro de novidades sobre exposições, eventos e notícias: http://www.museudoindio.gov.br/


terça-feira, 7 de abril de 2015

IV Oficina da Gramática Pedagógica Wapichana



Durante os dias 15 e 20 de março ocorreu na comunidade da Malacacheta em Roraima a última oficina do projeto da Gramática Pedagógica da Língua Wapichana. Professores de diferentes comunidades da região da Serra da Lua participaram da atividade que teve como objetivo trabalhar a inclusão da Gramática Pedagógica do ProDoclin nas aulas de língua Wapichana.



A oficina foi coordenada pelo Prof. Luiz Amaral (UMass) e contou com a participação das duas coordenadoras da equipe de documentação Wapichana do ProDoclin Joana Autuori e Wendy Leandro; das bolsistas do projeto de Gramáticas Pedagógicas Benedita da Silva, Nilzimara de Souza Silva e Wanja Nascimento; dos professores Manuel dos Santos (UFRR), Elder Lanes (UFRR), Ananda Machado (UFRR-Insikiran) e Marcelo Giovannetti (UFRJ); além da pesquisadora Luciana Sanchez Mendes. 






A oficina foi dividida em três etapas. Na primeira, o Prof. Luiz Amaral apresentou diferentes parâmetros curriculares para nortear a confecção de um programa de língua em escolas de ensino fundamental e médio. Os professores trabalharam em propostas de criação de currículos para diferentes séries baseando-se em uma abordagem que prioriza o desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos. O objetivo foi o de fazer os professores entenderem que a Gramática Pedagógica do ProDolcin não pode ser usada como “o programa de língua” e que ela deve ser inserida dentro de um programa que privilegie não somente o desenvolvimento de conhecimentos gramaticais, mas sobretudo o aprimoramento das habilidades linguísticas dos alunos para que eles se tornem melhores usuários de sua língua.



Atendendo a uma demanda dos professores, a segunda etapa da oficina foi sobre a criação de materiais de alfabetização. Os professores aprenderam  diferentes teorias de alfabetização e metodologias para confeccionar livros didáticos que sigam a estrutura linguística de cada língua. Durante essa etapa, o Prof. Manuel dos Santos explorou com os professores os padrões silábicos do Wapichana para determinar a regularidade no mapeamento entre grafemas e fonemas da língua. Ao final da atividade, os professores saíram com uma sugestão pedagógica sobre a ordem de apresentação das consoantes em livros de alfabetização para o Wapichana. O Prof. Luiz Amaral também apresentou diferentes atividades para o desenvolvimento da consciência fonológica por alunos nos primeiros estágios de alfabetização para que os professores pudessem planejar possíveis atividades para seus livros de primeiro ano. 


A última etapa da oficina foi dedicada a confecção de planos de aula para o uso nas escolas da Gramática Pedagógica do ProDoclin e de um material de língua e leitura que está sendo desenvolvido pelos professores Wapichana com a colaboração dos professores Manuel dos Santos e Ananda Machado.




Os professores estudaram as diferentes etapas de uma aula de língua e aprenderam a fazer planos de aula com o material didático. Após a apresentação dos padrões técnicos do plano de aula pelo Prof. Luiz Amaral, a Profa Wendy Leandro deu uma aula modelo em Wapichana seguindo todos os padrões discutidos. A aula modelo foi fundamental para que os professores pudessem observar na prática o resultado das considerações teóricas sobre a estrutura de uma aula de língua. Em seguida, os professores foram divididos em equipes e com as unidades da Gramática Pedagógica e o Livro de Leituras em mãos, cada equipe confeccionou um plano de aula para ser apresentado ao demais grupos.

Ao final da oficina os professores fizeram uma avaliação das atividades e foram unânimes em afirmar a necessidade de uma continuidade em programas que combinem a confecção de materiais com a educação continuada do quadro docente das escolas indígenas para se obter uma real melhora na produção de material didático e na qualidade das aulas e programas de língua indígena.